A criação de peixes como animais de estimação é uma prática completamente diferente de criar quaisquer outros tipos de animais: De hamsters e cachorros a periquitos. Enquanto os que optam pelos mamíferos e aves buscam companhia, e criam um elo afetivo forte com os seus bichos - a ponto até de tratá-los como filhos - alguns aquaristas vêem a atividade como um passatempo, e o aquário com os peixes, uma peça de decoração da casa.
O resultado? Peixes morrem com muito mais frequência do que cachorros ou gatos - levando inclusive em consideração que a vida de um peixe em cativeiro geralmente é 5 anos, ou, mais ou menos, metade da de um cão - pois o cuidado geralmente não é afetivo, e sim estético ou financeiro:
- Poxa, que droga, eu perdi aquele meu acará disco que tava lindo!
ou
- Que droga, esse Yellow Tang me custou mais de duzentos paus!
Não se vê muitos aquaristas chorando a perda de seus peixes.
É claro que há excessões. Lembro de quando tivemos aqui em casa o nosso primeiro aquário marinho, do nosso primeiro peixe: Um talassoma azul. Minha irmã mais velha tomou grande afeição pelo bichinho, mais até do que muitos donos têm aos seus cães e gatos. Até nome o peixe tinha: "titio".
Após quase 4 anos com o peixe no aquário, ele morreu. Poucas vezes na vida vi minha irmã chorando tanto...
PS: Desnecessário dizer que todos aqui em casa conversam com os peixes!
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2 comentários:
O aquarismo é uma prática interessante, mas não me atrai. Com gato e cachorro a gente conversa e percebe uma reação (acredito que eles entendem o que falamos) e com peixe, isso acontee? Nunca conversei com um apenas o admirei pela beleza, elegância...
Bom, como tem gente que conversa com planta também e coloca música para elas, acho que peixe também entende o que a gente fala...ou como diria minha sobrinha Alice, de 3 anos. "Tia Pat, os bichos pensam que pensam, né!". Cheia de razão a menina.
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